Duarte Belo no TAGV

Fotos dos dois painéis da exposição Palavra, lugar, de Duarte Belo, no TAGV. Clique na imagem para aumentar.

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Sessão 2 de «Páginas Tantas»: Duarte Belo


© Duarte Belo

Como vimos anunciando neste blog, terá hoje lugar, pelas 18.30h, no TAGV, a segunda sessão do Páginas Tantas. Será nosso convidado o fotógrafo Duarte Belo. O painel será constituído por Ana Maria Machado e Osvaldo Manuel Silvestre.

Duarte Belo nasceu em Lisboa, em 1968. Licenciatura em Arquitetura (1991). De uma obra fotográfica documental extensa são de destacar as obras Portugal — O Sabor da Terra, em catorze volumes (1997), onde se faz uma aproximação à fixação do tempo longo em Portugal, e Portugal Património, em dez volumes (2007-2008), um inventário do património cultural e natural, em sítio, de todo o espaço português. De outros trabalhos editados em livro, mais específicos, poderíamos destacar Orlando Ribeiro — Seguido de uma viagem breve à Serra da Estrela (1999); Ruy Belo — Coisas de Silêncio (2000); O Vento Sobre a Terra — apontamentos de viagens (2002); À Superfície do Tempo — Viagem à Amazónia (2002); Território em Espera (2005); Geografia do Caos (2005); Terras Templárias de Idanha (2006); Olívia e Joaquim – Doces de Santa Clara em Vila do Conde (2007); Fogo Frio – O Vulcão dos Capelinhos (2008); Comboios de Livros (2009); desenha, produz e fotografa as ilustrações do conto O Príncipe-Urso Doce de Laranja (2009); Cidade do Mais Antigo Nome (2010); O Núcleo da Claridade – entre as palavras de Ruy Belo (2011).

Além da exposição fotográfica Palavra, Lugar, que anunciámos anteriormente, também os livros de Duarte Belo serão objecto de exposição.

«Páginas Tantas», sessão 2: a exposição de Duarte Belo

© Duarte Belo

Como informámos antes, inaugurar-se-á na próxima segunda-feira, dia 6 de Fevereiro, uma exposição de Duarte Belo, próximo convidado do Páginas Tantas, que ficará no TAGV cerca de um mês. Reproduzimos aqui um dos dois painéis concebidos pelo fotógrafo. A exposição intitular-se-á Palavra, lugar, e pode ser visitada online. Transcrevemos em seguida o texto que Duarte Belo concebeu para a acompanhar:

A par de um levantamento fotográfico de todo o território português, foram sendo feitas fotografias, sem um propósito definido, de situações e lugares de trabalho, de todo um universo de fazeres, por vezes singulares, que sustentam as imagens, os discursos e os diálogos sobre as paisagens. É uma fracção desse mundo que aqui está em confronto próximo com os territórios mais afastados registados, ora sob um sol intenso, ora em fuga do tempo agreste dos invernos nevados das terras altas. Palavra é uma síntese possível da génese de um processo de comunicação pela imagem fotográfica e o relato do habitar os espaços de ausências humanas. Lugar é a construção de um novo espaço, entre o real e o imaginário, entre a maior cidade e o mais longínquo deserto.

«Páginas Tantas», sessão 2 com Duarte Belo

© Duarte Belo

A propósito da segunda sessão do Páginas Tantas, que terá como convidado Duarte Belo, chamamos a atenção para a exposição de fotografias do autor que o TAGV exibirá, a partir do dia 6 de Fevereiro. Reproduzimos uma das fotos da exposição.

«Páginas Tantas», sessão 2 com Duarte Belo

© Duarte Belo [óculos de mergulho de Ruy Belo]

No próximo dia 6 de Fevereiro, segunda-feira, pelas 18.30h, terá lugar no Teatro Académico de Gil Vicente a segunda sessão do Páginas Tantas. O convidado será Duarte Belo, autor de uma vasta e importante obra na fotografia portuguesa contemporânea. Chamamos a atenção para a exposição de fotografias de Duarte Belo que o TAGV exibirá, a partir do dia 6 de Fevereiro e durante um mês.

«Páginas Tantas», sessão 2, com Duarte Belo

© Duarte Belo [máquina de escrever de Ruy Belo]

No próximo dia 6 de Fevereiro, segunda-feira, pelas 18.30h, terá lugar no Teatro Académico de Gil Vicente a segunda sessão do Páginas Tantas. O convidado será Duarte Belo, autor de uma vasta e importante obra na fotografia portuguesa contemporânea. Chamamos a atenção para a exposição de fotografias de Duarte Belo que o TAGV exibirá, durante algumas semanas.

A autora com a edição nas mãos

A foto aparece no blog da Tea for One com a seguinte legenda: «Inês Dias com o pleno da edição de ‘Em caso de tempestade este jardim será encerrado’ (foto de Marta Chaves)». Inês ri mas percebemos que o volume ainda pesa e não dá muito jeito a transportar; e o autor do post e editor, Miguel Martins, ri-se manifestamente com a legenda que escreveu para a foto que Marta Chaves tirou, enquanto (de certeza) esta dizia a Inês para se rir para o passarinho.

Eis, pois, a diferença empírica entre um livro de poesia e um romance: a edição do romance não caberia num pacote transportável pelo autor. Seria caso para perguntar, entretanto, o que justifica, na era do digital, esta insistência na edição do «livro de poesia». O romance, é sabido, está a acompanhar a grande migração do livro para o e-book, seguido de perto pelo ensaio. O livro infantil será a próxima vítima, seguramente, já que a interactividade activada pela ilustração e pela relação entre esta e o texto só ganhará com a passagem a uma plataforma que permita inflacionar a dimensão lúdica do objecto. O iPad é um instrumento decisivo nesta migração, já que tudo aquilo que se dizia serem os trunfos do formato «códice» – saltos para a frente e para trás na leitura, anotações, etc. – é permitido pelo tablet, que ainda introduz novas e impressionantes valências na área do «manuseio» da obra. E contudo, na remota aldeia da poesia um punhado de gauleses resiste até ao fim…

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